Ainda tem racismo no Brasil?




O Brasil é o país com o segundo maior número de pessoas negras do mundo, perdendo apenas para a Nigéria, cerca de 53% da população se considera negra - incluindo negros e pardos - segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dados de 2015. Com todos os 131 anos da abolição da escravatura no Brasil não há muito o que comemorar, pois ,infelizmente, a efetivação de Políticas Públicas de restituição histórica, ainda, na atualidade, não é evidente em várias camadas da sociedade. O problema do racismo no Brasil é que ele está sendo velado ("escondido"), pois está em comentários que são  repassados por idosos, adultos e até crianças, muito naturalizados no cotidiano. Tal fato pode ser visto na pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em que 89% dos entrevistados admitiram o preconceito racial no Brasil, mas apenas 10% admitiram tê-lo, ou seja, a conta não bate.
Comentários racistas que estão sendo naturalizados no Brasil.
Afinal, o que é racismo? Ele é um sistema de opressão que impede a mobilidade social de minorias étnico-raciais que ascendam em determinados espaços na sociedade, exemplo disso, por quantos médico pretos você já foi atendido? 
Um país que teve políticas de embranquecimento da população, ajudando com incentivos fiscais de moradia e comércio para os imigrantes europeus e asiáticos, causando sérias consequências para os ex-escravos já que a sociedade brasileira  era bastante desigual à época e com essas políticas ficou mais gritante essa diferença social, pois "libertos", mas onde trabalhar? Onde morar? Com mais de 3 séculos de carnificina negra,  o Brasil foi o último país da América a abolir a escravatura, e é passado nos livros didáticos a Princesa Isabel sendo como a grande e única  redentora dos negros, negando as revoltas que houveram das quitandeiras, dos Malês, dos quilombos etc. Esse é o perigo da história única, pois cria esteriótipos, desprezando todo o restante da narrativa histórica. Analise abaixo mulheres e homens negros que foram muito importantes para a abolição no Brasil.
Maria  Firmina dos Reis, a primeira escritora abolicionista, publicou em 1859,
o primeiro romance abolicionista brasileiro, Ùrsula.

 Aqualtune era uma Princesa do Reino do Congo,foi  escravizada  no Brasil, logo
que foi derrotada em guerra no interior do reinado. Quando chegou à força ao nordeste brasileiro, em Recife,
foi vendida e levada para o sul pernambucano. Não demorou a integrar os movimentos de fugas que
explodiam no regime escravista, tornando-se uma liderança importante para o quilombo de Palmares.


Machado de Assis, como escritor, funcionário público e intelectual brasileiro,
trabalhou arduamente para a abolição da escravidão e há muito tempo essa foto foi embranquecida negando o fato de ter uma representatividade negra.


André Rebouças foi um engenheiro, inventor e abolicionista brasileiro. Ele passou
seus últimos 6 anos trabalhando pelo desenvolvimento de alguns países africanos.

Diante de todo esse panorama, a escola, por sua vez, falha muito apresentando os negros e o continente africano como uma coisa só, negando toda a  história e diversidade cultural que há. Ela poderia ser um espaço de transformação de mentalidade, mas, infelizmente, acaba sendo um meio para reprodução de desigualdade social, segundo o sociólogo Pierre Bourdieu. Muitos estudantes são bombardeados de informações estereotipadas sobre a África como um lugar de miséria e não como um continente diverso, em que há várias línguas e formas de civilizações. Além disso, mostra apenas o negro em situação de vulnerabilidade social, deixando de lado toda a sua trajetória histórica e representatividades negras. 
Martin Luther King Jr. (1929-1968)
Frase do ativista norte-americano, Martin Luther King Jr, assassinado pelo racismo, que lutou pela igualdade racial pelo mundo todo:
" Não haverá nem descanso, nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão."
Felizmente, existe a  lei 11.645/2008, que alterou a lei de diretrizes base da educação para incluir a história e cultura dos afro brasileiros e indígenas nas escolas, porém não é efetiva, cabe aos estudantes brasileiros fiscalizarem isso nas suas respectivas escolas, a fim de que as Secretarias de Educação façam sua parte na valorização da cultura brasileira. Vale ressaltar, ainda, que desde a lei de cotas, o número de estudantes negros nas universidades triplicou.
Qual sua opinião sobre o tema abordado? Comente aqui embaixo. :)

Comentários

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